quarta-feira, 19 de março de 2014

Aluno e professor de Saloá embarcaram para Antártica


O aluno do 3º ano da Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Monsenhor João Marques, Valdemir José da Silva (16 anos), vai passar alguns dias sem frequentar as aulas. Mas será por uma boa causa. Acontece que entre os dias 18 e 30 de março ele estará na Antártica, juntamente com a equipe de pesquisadores da Marinha do Brasil, representando Pernambuco e conhecendo mais sobre a vida no Continente Branco, como é conhecida a região.

Valdemir e o professor de Ciências Naturais, Álvaro Deangells foram uma das quatro duplas vencedoras do concurso cultural “O Brasil na Antártica” promovido pela Marinha do Brasil. Eles fizeram um vídeo falando sobre o Programa de pesquisas Antártico Brasileiro (Proantar) e a importância da Antártica para a vida no planeta. A produção garantiu a seleção entre mais 200 inscritos de todo país, e agora os dois se preparam para viverem novas experiências. “Estou ansioso pela viagem. Antes de chegar na Antártica passaremos pelo Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Patagônia, no Chile, onde teremos um treinamento específico para adaptação no local. Não tenho dúvidas de que será uma experiência enriquecedora, tanto de conhecimento científico, como para a minha vida. Vou aprender muita coisa”, relatou o estudante que se prepara para o vestibular de medicina.

Para o professor-orientador Álvaro Deangells, a emoção não é diferente. Graduado em Biologia, ele relata a importância do momento para sua vida como profissional. “Conhecer um ecossistema completamente diferente, num lugar onde poucas pessoas têm a oportunidade de ir, e ainda acompanhando uma expedição com os pesquisadores da Marinha, sem dúvida vai marcar nossas vidas. A expectativa está a mil”, reconhece o professor. Ele explica que a produção do vídeo de um minuto e 43 segundos utilizou a técnica Stop Motion (sobreposição de fotografias para formar o vídeo) e levou nove horas para ser concluído, além de uma semana de planejamento e montagem de roteiro. “Contamos com a ajuda de outros alunos do Programa Projovem e utilizamos materiais simples como emborrachado e palitos de fósforos. Sempre fomos otimistas. Sabíamos que ficaríamos pelo menos entre os 10 melhores”, comemora.

Além da ansiedade, a preocupação com as baixas temperaturas também faz parte do momento. “Recebemos apoio da Secretaria de Educação para adquirir itens como protetor labial e de pele, óculos escuros, meias e luvas de lã. Está tudo encaminhado”, afirmou Deangells.

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